Guia Completo Para

Criar uma Comunidade de Impacto no Memberse

1

Por que Comunidades?

2

Entendendo Sua Audiência

3

Criando o Conteúdo

4

Precificando Seu Conteúdo

5

Lançando Sua Comunidade e Engajando Seus Membros

Por que comunidades?

Hoje, mais da metade da população do planeta – 4.65 bilhões de pessoas – está nas redes sociais. As redes transformaram completamente a forma como nos relacionamos, nos informamos e nos comunicamos como sociedade.

Criadores de conteúdo, jovens antes criticados por compartilharem suas vidas como hobby, hoje estão no centro da sociedade como grandes influências, na frente de grandes marcas e construindo suas grandes empresas.

Muito por isso, a profissão passou rapidamente de algo incompreensível a algo extremamente almejado. Hoje, temos mais de 2 milhões de criadores de conteúdo em tempo integral e a cada segundo, se você mencionar a palavra “conteúdo” mais alguns criadores nascem em algum lugar.

Essa não é mais uma indústria nova. Pelo contrário, ela é uma das mais competitivas, pois a necessidade de ser original e se reinventar a todo momento anda ao lado da necessidade de ser relevante, tudo isso num espaço onde todo mundo acaba tentando as mesmas estratégias, seguindo as mesmas tendências que as próprias plataformas recompensam.

Mas isso está prestes a mudar. Tanto criadores quanto seguidores estão cansados das redes sociais como estão: realidades que deixaram de ser relacionáveis, padrões de vida, de beleza, de sucesso que não são mais acessíveis. Políticas de privacidade, fake news, spam, bots, publis, fórmulas de lançamento, info produtos e cursos superficiais, gatilhos mentais de venda, falta de vulnerabilidade e muito ódio gratuito, deixamos de criar e ter conexões verdadeiras humanas, para cultivarmos relações artificiais.

Mas estamos entrando na terceira era da internet, onde influencers estão se transformando em empreendedores independentes. Influencers estão se transformando em criadores, fazendo além de serem uma referência, uma figura de identificação e inspiração, para criadores que entendem seus conteúdos e suas audiência como mais do que apenas números, mas como uma potência, um business, com mais potencial criativo, mais construção coletiva.

Neste novo momento, nessa terceira era da internet, os criadores que não se definem por números, mas sim por notoriedade, por criar e nutrir um relacionamento com sua comunidade além do que publica vão potencializar ainda mais a Creator Economy, continuando a transformar o mercado e muitos outros aspectos sociais.

Mas qual o próximo passo? Como se preparar para esse novo momento?

A gente te conta: O futuro será feito de comunidades.

 
Por que comunidades?
“For creators, community is the new follower count.”- The Washington Post

Medimos a relevância e influência de criadores por seus números de seguidores. Mas isso já não significa mais o que significava a uns meses atrás. Cada vez mais, é mais fácil seguir, des-seguir alguém, não é uma decisão tão profunda e nem difícil de ser conquistada como um tempo atrás. Você viu algo interessante, rolou uma vez o feed, gostou, seguiu. Além do que, você com certeza segue muitas pessoas que mal consome ou consome muito passivamente seus conteúdos. Isso é normal, essa é a forma como fomos ensinados e estamos acostumados a viver nas redes sociais: sob essas mesmas regras e critérios do que é bom e do que não é.

É preciso reinventar as métricas, re-significar as relações nas redes sociais.

Se um tempo atrás, um influenciador conseguia ter um alcance muito maior do que uma publicidade na TV, e ainda ser muito mais assertivo e humano do que essa campanha publicitária, hoje isso já não se sustenta da mesma forma, porque audiências estão cada vez mais heterogêneas, e criadores estão cada vez mais sendo obrigados a criarem conteúdos sobre tudo para todos.

Quem ganha com isso são as grandes plataformas, as big players das redes.

Mas não precisa ser assim.

Existe uma forma de retomarmos a premissa original da internet, que era trazer as pessoas para estarem mais próximas.

Todos nós queremos isso, seja para nos sentirmos conectados com as pessoas que conhecemos, com as pessoas que apenas seguimos, com as pessoas que nos inspiram, e até com os produtos que queremos experimentar.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas querem se envolver com as coisas: com o desenvolvimento de produtos, com a vida das pessoas, e com as pessoas que compartilham interesses em comum conosco.

Criadores também sentem isso – estão cada vez mais isolados e sozinhos, e carregando a responsabilidade de estarem no lugar de maior hierarquia disso tudo, sendo os únicos a prover o que move a roda: conteúdo novo toda hora, a todo momento, em todo lugar, pra todo mundo. Pensando, idealizando, gravando, editando, promovendo, interagindo, monetizando, lidando com a parte burocrática: no escuro.

Por isso, acreditamos que a próxima onda para a criação de conteúdo são comunidades.

Ao invés de construir seu império, sua audiência e conteúdo, em uma rede que não é sua e que você não tem controle nenhum, você pode criar um canal direto com seus seguidores, tendo acesso a todos e explorando diferentes formas de monetizar essa relação.

Ao invés de tudo para todo mundo, Criadores podem largar as tendências e se concentrar no nicho que gostam de criar, que amam explorar em conteúdo. O objetivo não é conquistar cada vez mais pessoas ao redor de si, mas sim de trazer as que interessam para ainda mais perto, de forma mais sincera, criando um efeito de conexão real entre as pessoas.

Ao invés de um ambiente de competição, de realidades inalcançáveis, de abertura para ser julgado a todo momento, por pessoas que não tem conhecem: um lugar seguro, que promove compartilhamento, pertencimento, identidade.

A grande rebeldia é entender o que vale a pena: Ter milhões de pessoas vendo um vídeo seu, ou 100 que se importam com você, que seu conteúdo agrega valor em suas vidas, que irão ao seu encontro, comprarão seus produtos, se influenciarão por suas escolhas?

Ao invés de ter apenas o Criador no alto da escala, provendo conteúdos para os que estão abaixo dele: mais cooperação entre ele e seus seguidores, mais troca, mais experiências ao invés de apenas consumo passivo de vídeos e podcasts, por exemplo.

Se você quer se reinventar de uma forma mais atual e consciente, se você quer conquistar um novo ritmo e estilo de vida mais saudável, se quer se manter relevante para quem interessa, conquistando, enquanto isso, uma forma previsível e escalável de rentabilidade: comunidade é para você.

 
Diferenças entre ter uma audiência e uma comunidade
“A community is a group of people who agree to grow together.” – Simon Sinek
Ter uma audiência não é a mesma coisa que ter uma comunidade.

Vamos lá: Imagine que você está num palco, diante de uma plateia, dando uma palestra sobre um tema em que é especialista: uma agenda que você criou para melhorar sua produtividade.

Isso é uma audiência.

Dentro dessa plateia, terão pessoas que estão te ouvindo com atenção, mas, principalmente, terão pessoas que tem sua agenda, que a usam e que já experimentam em suas próprias vidas os benefícios desse sistema que você criou. Você pergunta quem tem e usa, e algumas mãos se levantam.

Isso é uma comunidade.

Tanto sua audiência quanto sua comunidade contemplam aquelas pessoas que querem saber sobre o que você faz. As diferenças, entretanto, começam a aparecer quando você observa como você se comunica com cada um desses grupos.

Sua audiência, basicamente, é com quem você fala.

Enquanto sua comunidade é quem está falando com você.

Consegue perceber essa diferença na sua audiência?

Quando falamos de audiência, estamos falando da quantidade de pessoas que você conquistou durante sua trajetória. Já uma comunidade vai além do grupo de pessoas experimentando seu conteúdo sozinhas. Uma comunidade deve uni-las em um só lugar oferecendo uma experiência.

Os membros da sua comunidade vão se tornando consciente dos outros membros que também fazem parte dessa experiência, se engajando no que você pode compartilhar e promover. E, conforme sua comunidade for crescendo – em qualidade, se unindo, se tornando cada dia mais saudável – todos sentem que fazem parte de algo maior.

Sua audiência pode se importar por tudo o que você decide compartilhar, mas sua comunidade conecta aquelas que se importam muito, e de fato, trazendo todos juntos e formando uma identidade.

Audiências são impessoais, enquanto comunidades reconhecem o individual, tem espaço para se expressarem, se reconhecerem, e crescerem juntos.

Uma comunidade é sobre unir pessoas ao redor de você e de sua marca, e ao mesmo tempo, permitir interações verdadeiras entre membros, criando algo significativo, de qualidade.

 

Como é criar e manter uma comunidade no dia-a-dia

Ter e crescer uma audiência é bem diferente de ter e crescer uma comunidade.

Para crescer sua audiência, existem ferramentas e técnicas que são bem conhecidas. Apesar de algumas dessas se aplicarem a comunidades, para trabalhar no crescimento da sua comunidade são necessárias outras técnicas e bastante trabalho.

Para uma comunidade ter sucesso, você precisa criar uma identidade para ela, com nomes e branding específicos , regras, uma linguagem com várias keywords, jargões, usadas por você e reforçada pelos membros, tradições e rituais.

Para criar uma comunidade, tenha isso em mente: é sobre criar uma cultura e um ambiente com o seu conteúdo, ao invés de buscar apenas números.

Dessa forma, já que sua comunidade depende dos membros que ela compõe, as contribuições e interações vindas deles devem ser reconhecidas e celebradas. Isso fará eles gostarem ainda mais dessa experiência, se engajarem ainda mais e querer voltar a esse ambiente sempre que puderem.

Uma boa comunidade brilha além apenas de você como Criador, além da plataforma, além de qualquer produto.

Ter uma audiência é e sempre será essencial.

Mas é em uma comunidade que o valor dessa relação, do seu conteúdo, da sua marca irá durar mais, muito mais.

Entendendo Sua Comunidade

Agora que você entendeu o que há de novo em criar uma comunidade e como isso pode ser transformador, além de entender um pouco de como isso se aplica na prática, está na hora de falarmos sobre para quem se destina a sua comunidade.

Como pudemos ver, sua comunidade não é para todo mundo. E é isso que a torna ainda mais especial. Mas, afinal, ela é para quem?

Antes de entendermos quem é o público ideal para a sua comunidade, precisamos primeiro entender quem forma sua audiência como um todo, de forma mais detalhada, entendendo as particularidades dos indivíduos que a formam.

Li Jin, investidora da Creator Economy, explica:

“Criadores de conteúdo não são homogêneos – e o mesmo vale para seus seguidores.”

A base de seguidores de todo criador é diversa e acima de tudo formada de centenas de indivíduos. Ainda assim, existem alguns comportamentos padrões entre eles, que podem nos ajudar categorizá-los de uma forma construtiva para que você olhe sua audiência com mais inteligência.

Li Jin (se você não a conhece, agora é a hora de segui-la nas redes sociais, pois ela está sempre difundindo novas tendências e novas plataformas, buscando novas alternativas para a Creator Economy) ensina que podemos entender melhor uma audiência quando olhamos dois critérios em especial: a intensidade de afinidade e engajamento. Como sempre estamos de olho no número de seguidores, isso pode não ser tão preciso, ainda mais atualmente, pois seguir alguém já não significa mais o que antes significava. Altos números acabam por vezes encobrindo o verdadeiro engajamento desse número com esse Criador.

Agora que você está olhando para esses critérios, vamos tentar deixar ainda mais visual: Li Jin explora os diferentes segmentos de fãs e como Criadores podem pensar e monetizar sobre cada um desses segmentos. São eles:

  • Seguidores casuais: Na base da pirâmide, temos os seguidores que, casualmente, decidiram seguir. Eles apreciam o seu conteúdo de maneira mais descontraída e descompromissada. Costumam consumir conteúdo passivamente ou apreciam aspectos muito específicos.
  • Seguidor ativo: a base de seguidores ativos consome o conteúdo e apoia modestamente um criador. As vezes por afinidade, ou por acreditar em seu conteúdo, ou algum projeto específico e nem sempre esperam algo em troca, além do conteúdo. Para esse seguidor, caso você tenha um projeto ativo, pode ser uma ótima ideia receber apoio direto no Memberse.
  • Superseguidor: Essa é, basicamente, sua comunidade. São seguidores que estão engajados com você, mais do que qualquer conteúdo específico. Estão dispostos a te apoiar em troca de algo tangível. Mas costumam ser mais lógicos e razoáveis, por isso é importante que entendam o verdadeiro valor de algo antes de decidirem investir. São seguidores que procuram ter um acesso mais próximo ao criador, seja através de cursos ou chats 1:1, por exemplo.
  • Cult-seguidor: Esses estão no topo da pirâmide, e são aqueles seguidores dispostos a fazerem coisas que a maioria dos outros grupos de seguidores não entenderia. Eles buscam investir um pouco acima e além, as vezes até de formas ilógicas, as vezes em busca de validação do Criador ou status.

 

Na base da pirâmide estão os especuladores e investidores que, por mais que possam não ter nenhum vínculo ou engajamento com o conteúdo do criador, estão em busca de oportunidades de lucro.

É importante lembrar que nenhuma dessas categorizações é fixa! Cada criador e seu conteúdo é único. E é o conteúdo proporcionado pelo criador que definirá muito do quanto um Seguidor Casual pode se tornar um Super-seguidor.

Entender esses conceitos é fundamental nesse processo de planejar e escolher as estratégias que melhor se adaptam ao seu conteúdo e aos seus propósitos com sua comunidade.

Você, como criador, sabe quantos seguidores totais você possui. Mas e quantos seguidores casuais vs seguidores ativos você tem? Com isso, você consegue definir qual tipo de conteúdo você pode ter na sua comunidade?

Buscar entender seus membros é o primeiro passo e estratégia fundamental para o sucesso da sua comunidade. Desta forma, um dos primeiros passos para você ter uma comunidade engajada é entender quem são os seus seguidores dentro de cada um desses segmentos.

Para fazer isso sem o uso de métricas ou análises muito profundas, basta observar o engajamento e comprometimento dos membros. Nós podemos apostar que você reconhece vários nomes e handles em comentários de alguns de seus conteúdos. Da mesma forma, você pode observar a quanto tempo que ele faz parte da sua comunidade VS nível de engajamento que ele tem com a sua comunidade. Assim, podemos entender outras 4 categorias importantes, 4 tipos de membros. 4M:

Membros novos, membros passivos, membros ativos e membros influentes.

 

Novos Membros

Os novos membros são aqueles que recém chegaram a sua comunidade. Estes serão os membros que mais merecem sua atenção e suporte, demandando uma dedicação maior da parte da sua parte. Uma introdução semanal, um conteúdo especial, para os novos membros é essencial para eles se sentirem acolhidos e começarem a entender o espaço e a dinâmica da comunidade.

É importante fazer com que eles se sintam notados e valorizados desde o início! Aqui não se trata apenas de uma tática de engajamento que você poderá explorar, mas a essência do senso de pertencimento a algo maior como a sua comunidade. Cada membro é importante e a qualidade dessa relação começa imediatamente: A confiança e segurança precisa ser trabalhada logo, evitando que os novos membros percam o entusiasmo e a curiosidade por esse novo ambiente a ser explorado.

 
Membros Passivos

Os membros passivos são aqueles que já fazem parte da comunidade e estão lá de maneira observacional, porque veem um valor no conteúdo. Porém, não interagem.

Estes membros estão lá apenas para acompanhar a comunidade e absorvem o conteúdo.

Apesar de não interagirem, isso não quer dizer que eles não estão interessados. Eles apenas não estão engajados o suficiente para terem altas interações e: tudo bem. Buscar qualidade nos membros é entender suas complexidades e diferenças.

 

Membros Ativos

Por outro lado, os membros ativos são os que estão lá a todo momento: participando, comentando, criando discussões, gerando idéias, nutrindo e agregando valor para a comunidade. Eles estão ali por um propósito do grupo, a colaboração.

 

Membros Influentes

São aqueles que chamam a responsabilidade, de maneira indireta, e mantem a comunidade ativa. Eles acabam provendo conteúdo também, seja sugerindo ou até promovendo discussões e assuntos ativamente.

Podemos chamá-los de motores da comunidade já que interagem e incentivam os outros membros a participarem e gerarem a troca de conteúdo também. Os membros influentes não estão ali apenas para consumir o conteúdo, mas também compartilham suas referências e experiências e com isso, podem até auxiliar com possíveis novos membros. Isso é uma das belezas da comunidade – sua influência vai se dissolvendo com sua comunidade, tirando a pressão de estar ativo o tempo todo. No futuro, esses membros podem até ser considerados moderadores de sua comunidade.

E aí, consegue visualizar melhor quem são os seguidores que formam sua audiência? As vezes, focados na quantidade total de números, esquecemos que são milhares de individualidades que formam esse conjunto. Entendê-los é, acima de qualquer oportunidade comercial, um auto generoso enquanto Criador, que entende o privilégio que é ter uma plataforma com pessoas que o admiram.

E, claro, essa categorização faz sentido quando ajuda a entender para quem você vai produzir conteúdos, direcionando-os para cada segmento de forma homogênea e empática.

Ficou um pouco mais claro para quem é sua comunidade?

Sua comunidade será o resultado de uma parcela da sua audiência, junto com seu conteúdo mais especial, com a sua presença. E na prática, você pode oferecer diferentes coisas para essa comunidade, promover diferentes valores propostos, também.

Alguns exemplos:

  1. Você pode ter oferecer um conteúdo exclusivo, parecido com o que você faz e compartilha gratuitamente, mas criando uma oportunidade das pessoas apoiarem diretamente o que você cria. Isso fragmenta um pouco a sua audiência total, o que também cria mais proximidade com você e une as pessoas nesse espaço particular.
  2. Você pode promover experiências com sua comunidade, empoderando-a e descentralizando seu lugar,
  3. Você pode criar um espaço de uma proximidade ainda maior entre você e seus membros;

No próximo passo, vamos entender um pouco melhor como criar o conteúdo perfeito para nutrir a sua comunidade.

Criando Seu Conteúdo

Chegou a hora de pensar na base fundamental dessa comunidade: o seu conteúdo. Assim como consumir conteúdo dentro de uma comunidade é diferente, da mesma forma é criar o seu conteúdo para a sua comunidade.

Pensar no conteúdo para a criação da sua comunidade é a hora da verdade na trajetória de um criador de conteúdo. Hora de esquecer os números, olhar para as pessoas que formam sua comunidade, e perguntar:

  1. O que eu posso oferecer para essas pessoas que gerará alguma transformação em suas vidas?
  2. Como posso ajudar a resolver os problemas em comum que essas pessoas compartilham?
  3. Como posso fazer isso da forma mais criativa, mais generosa e mais estrategicamente inteligente que posso?

 

Essas perguntas ajudam a mudar a chave: não se trata de atrair mais pessoas, mas de desenvolver um negócio, uma relação com a comunidade que já existe, e que pode ser ainda mais bem cuidada, criando um novo e importante capítulo para ela, extraindo ela de uma plataforma que você não tem controle, para ser dono dela e para fazer algo novo: dar continuidade.

Respondendo essas perguntas, você consegue entender a essência que seu conteúdo deve ter para promover essas transformações.

Sua comunidade deve transmitir a sua essência, do seu conteúdo e da sua audiência, condensando sua autenticidade, sua autoridade. Por isso, não existe receita, uma comunidade pode ter conteúdos, formatos e estratégias completamente diferentes.

Alguns exemplos de estratégias para sua comunidade: Você pode criar conteúdo exclusivo para seus membros (diferente do conteúdo gratuito que você compartilha), pode pedir apoio para dar continuidade a algum projeto que já está em desenvolvimento, você pode dar a oportunidade de seus seguidores contribuirem livre e diretamente com seu conteúdo; você pode oferecer acesso antecipado a um tipo de conteúdo específico que você já disponibilizaria em suas redes, ou até um re-acesso a um conteúdo seu que já não está mais disponível nas suas plataformas; sua comunidade pode também ser um lugar para promover uma interação maior com você, de forma exclusiva e 1:1 até, como um chat exclusivo, ou conteúdo educativo, com outros formatos de conteúdo digital.

Esses são apenas os formatos mais usados por criadores para suas comunidades, como um passo . Caso você queira entender mais sobre infoprodutos de forma geral, chega aqui.

Essas são algumas opções de alguns formatos que podem funcionar para a sua comunidade. Junto disso, é importante destacar que, por falarmos de uma comunidade, é preciso criar um conteúdo que pode promover interação de qualidade entre você e os membros e também interação entre os membros entre si. E acreditem: Isso muda tudo.

Isso descentraliza a responsabilidade de criar conteúdo que normalmente é só do Criador de conteúdo, dando a oportunidade de seus membros estarem ali, lado a lado com você, colaborando inclusive na parte de movimentar e engajar sua comunidade. É um pouco mais complexo, mas fique tranquilo: Estamos aqui para te ajudar porque essa criação de conteúdo deve ser prazerosa, leve e sem pressões.

Caso opte pelo conteúdo exclusivo, ou pelo ambiente de maior proximidade com você, é importante criar o tom deste espaço desde o início: O que esse conteúdo/ambiente vai ter de diferente do seu conteúdo gratuito, acessível nas redes sociais? Um episódio de podcast exclusivo? Um lugar onde ele saberá de suas novidades em primeira mão? Um lugar para conexões com outros seguidores, movidos todos por algum desafio, algum propósito em comum? Deixe isso claro para você, e principalmente para sua audiência, e esteja seguro desse conteúdo e de seu valor.

Até hoje, a criação de conteúdo não é valorizada como deveria por muitos motivos: principalmente por sempre ter sido produzido e entregue para as pessoas de forma gratuita e pelo fato das próprias plataformas recompensarem criadores pela assiduidade, quantidade de conteúdo (gratuito, é claro, porque qualquer tentativa de monetização, o algoritmo já te sabota). Além disso, viemos de um histórico onde arte, cultura, educação não são áreas valorizadas, muitas vezes até sendo comercializadas ilegalmente por pirataria, como foi o caso do conteúdo audiovisual por anos, e até hoje.

Por isso, entenda qual vai ser o grande diferencial do seu conteúdo: O que você quer causar com ele? Que impacto você quer que ele tenha? Que história seu conteúdo vai contar?

Expresse isso com autenticidade e confiança: Se você acreditar em seu conteúdo, em sua marca, seus seguidores irão sentir isso, diretamente ou indiretamente.

Junto com essas informações, é importante que você estabeleça a frequência que vai ter com seu conteúdo. A promessa de continuidade cria a imagem de longevidade, promovendo a ideia de que isso pode ser uma longa jornada juntos, reforçando a lealdade.

Agora é hora de definir não só o conteúdo de forma geral, a concepção fundamental, mas também em pensar nas formas que você pode estimular sua comunidade a interagir com você nos pequenos detalhes, também. Faça perguntas, lance enquetes, escute, pense em diálogo semanal, diário, se puder. Use diferentes formatos para promover essa interação.

Algumas outras técnicas para você utilizar na sua comunidade incluem criar rituais da própria comunidade, que podem ser diários, semanais ou com a frequência que você preferir. Rituais como compartilhar um momento específico do dia, todos juntos, com o mesmo propósito e intenção, cria proximidade e vai criando o sentimento de comunidade, engajando e unindo os membros desse espaço. Alguns exemplos de rituais são checkins matinais, ou momentos previamente propostos dentro de um desafio em conjunto, por exemplo.

Essa é apenas uma forma de fazer algo ainda maior e importante: criar experiências além do consumo do seu conteúdo para sua comunidade, convidando seus membros a saírem do papel de apenas consumir seu conteúdo, para ter um papel mais ativo na comunidade, seja colaborando com o conteúdo em si, ou seja transcendendo de alguma forma os limites de apenas consumir um bom conteúdo sentadinho no sofá. Podem ser desafios para a comunidade toda, por um período limitado, podem ser

Os rituais são uma forma simples de propor isso: uma interação que ele também participa, ele também cria conteúdo, ele também interage com os demais. Da mesma forma, você pode pensar em experiências que estejam alinhadas com a proposta da sua comunidade para fazer isso.

Assim como os rituais, você pode usar a técnica de criar metas em conjunto com sua comunidade: Podem ser metas de engajamento na própria comunidade, podem ser metas para sua audiência, convocando seus membros mais fiéis a participarem da sua comunidade, podem ser metas relacionadas a algo dentro do seu conteúdo.

Seja qual for a estratégia que você escolher, um dos fatores essenciais para criar seu conteúdo e pensar em sua comunidade é, simplesmente: ser sincero com as pessoas que estão com você.

Buscar ser verdadeiro e claro com seu conteúdo e com sua comunidade criarão a base necessária para que você crie coisas incríveis com seus membros, subindo mais um degrau na trajetória de um criador de conteúdo inovador, já que criar uma comunidade, além de criar conteúdo, é a capacidade de criar e cultivar bons relacionamentos com as pessoas que escolheram estar ali e investir em você.

Ter isso em mente é essencial para que ela cresça de forma saudável em um ambiente empático e respeitoso.

A comunidade precisa ser um ambiente de colaboração, troca e transformação. Sua comunidade não é um ambiente para reposts de suas mídias sociais, uma simples lista de email, ou um ambiente vazio com links externos para as pessoas se distraírem. Como criador, você precisa produzir e estimular o valor nessa troca. O senso de colaboração é um dos objetivos mais importantes quando se pensa em criar uma comunidade.

Esta se sentindo confiante em relação ao seu conteúdo? Agora é hora de se organizar para colocar tudo isso em prática.

Crie um cronograma, calendário para sua comunidade, assim você consegue transformar o abstrato em um plano.

Anote em quais dias você publicará novos conteúdos, seus propósitos com ele e também suas interações com a comunidade. Aqui é o momento de especificar e ir, passo a passo, esmiuçando e detalhando cada conteúdo: seu formato, quais pontos não podem ser esquecidos de serem incluídos, o que precisa ser feito para esse conteúdo ser concluído e compartilhado. Defina quanto tempo você quer dedicar-se a esse projeto, e quais seus propósitos gerais com isso.

É importante que você defina também datas, e momentos em que você promoverá novamente sua comunidade (se optar por fazer isso, é claro). Quando sua comunidade terá início? Quando você irá promovê-la? Quando você irá interagir com seus membros, e como?

Tudo isso ajuda a ir visualizando e concretizando esse plano.

Agora com tudo isso mais claro, conteúdo definido e planejamento em mãos, você consegue não só visualizar, mas também entender que tamanho esse projeto vai ocupar em sua produção de conteúdo, inspirando sua criatividade, sua determinação e consistência. Esse é o momento de entender como você vai construir coletivamente algo de valor com sua comunidade e isso é o futuro para você como criador de conteúdo, estamos felizes e animados com essa sua jornada.

Precificando Seu Conteúdo

Se tem um aspecto transformador em criar a sua comunidade e tomar posse de seu conteúdo e audiência, é a transformação de sair do lugar de seu conteúdo ser o veículo de alguém, para outra marca, para assumir o centro de ter o seu conteúdo sendo o seu próprio negócio. Criadores de conteúdo são uma potência, que podem atender inclusive os dois cenários: Você pode criar conteúdo para marcas, mas pode também investir em seus produtos, seus serviços, sua mentoria, sua comunidade. O que muda? Muda que quem define o valor de tudo o que você construiu até agora é você. É você quem vai precificar quanto vale o seu conteúdo. Ao invés dele ser um instrumento para você monetizar através dos demais, você vai torná-lo um ativo, colocando seu conteúdo onde ele merece: no centro de tudo. Afinal, foi através do seu conteúdo que você criou tudo o que você hoje tem. No centro, você pode e deve criar um ecossistema ao redor dele, com você e sua comunidade, estimulando experiências, estimulando que as pessoas estejam sempre ali, todos os meses, para que isso seja um projeto a longo prazo. Assim, você mesmo vai conseguir controlar, e ter previsibilidade e segurança de seus rendimentos, conseguindo escalar seus ganhos, sem perder a segurança e dependendo apenas de você.

É por isso que acreditamos no modelo de negócio de assinaturas: Por um valor acessível, você consegue converter uma parcela de sua audiência em sua comunidade, e, retendo-os com uma experiência de qualidade, você tem essa escalabilidade e previsibilidade das assinaturas, gerando lucratividade de uma forma saudável. Mas como estabelecer esse preço?

Dentro de uma comunidade existem diferentes personas que estão dispostas a pagar valores diferentes pelo mesmo tipo de conteúdo. Lembre-se dos diferentes níveis de engajamento que existem na sua audiência completa. Para quem essa comunidade é destinada? Qual o tamanho desta parte da sua audiência? Qual sua expectativa de conversão e receita?

Partindo dessa reflexão inicial, vamos focar primeiramente em três pilares:

  • Pilar 01: Defina um conteúdo e o porque ele deve ter um custo

Sua comunidade real não vai deixar de escolher o seu conteúdo por um preço que você estipulou para um tipo de acesso exclusivo. Portanto, não limite seu conhecimento a valores! Expresse de maneira clara quais são os benefícios que você oferece para as dores e necessidades da sua comunidade e transforme isso em uma proposta única de valor.

  • Pilar 02: Encontre o diferencial do seu conteúdo

Evite precificar o seu conteúdo baseado apenas na concorrência. Essa é uma estratégia de precificação muito rasa, onde o retorno tende a ser mínimo.

Lembre-se, você esta desenvolvendo conteúdo de qualidade. Identifique qual é o diferencial, aquilo que torna o seu conteúdo único e que agrega valor de destaque entre tantos outros disponíveis neste ambiente o digital. Quanto mais valor você proporciona, mais você vale.

Este é um ponto essencial para atrair futuros membros de sua comunidade que estão dispostos a pagar mais porque reconhecem o poder de transformação que você entrega.

  • Pilar 03: Tenha uma perspectiva a longo prazo

Vender uma experiência ou um produto pode ser um processo longo e desgastante, mas a recompensa ao final do processo é enorme. Sem mencionar que hoje em dia temos acesso a uma rede infinita de serviços e ferramentas que tornam incrivelmente acessível construir, vender, e distribuir os conteúdos digitais. Por isso, não se renda! É importante persistir, mantendo em mente dois fatores: frequência e repetição! Uma dos grande valores que você possui em relação a sua comunidade é a confiança de seus membros! Conversar, anotar os feedbacks e aprender nessa troca com os membros vai te ajudar a validar sua ideias e evoluir a forma como você irá transmitir essa experiência. Você nunca irá saber realmente o que funciona até você tentar.

A fórmula para precificar os seus conteúdos possui dois fatores importantes: tempo + custo de investimento.

A melhor maneira de saber quanto cobrar por um conteúdo exclusivo ou um infoproduto é fazer um cálculo sobre os investimentos que isso irão demandar aplicações em sua rotina. São eles: o seu tempo e o custo para realização do conteúdo escolhido.

  • Tempo de investimento:

Como diz o velho ditado, o tempo é uma das coisas mais valiosas na nossa vida. A reflexão sobre o tempo se torna primordial para o cálculo de precificação pois ele sera diretamente proporcional a quantidade de horas que você irá precisar para estudar, pesquisar, produzir e formatar um conteúdo especifico para sua comunidade.

Toda sua ****energia, o empenho e a dedicação que cada conteúdo irá demandar incide diretamente no resultado de um retorno que seja relevante, rentável e viável para a sua realidade de maneira sustentável em sua rotina.

  • Custo de investimento:

Independente do conteúdo e do formato que você escolher, custos fixos que possuem pouca ou nenhuma variação ****como energia elétrica, internet, o valor/hora do período de produção que você poderia estar recebendo em outro trabalho, as taxas para hospedagem do seu conteúdo ou do seu infoproduto em uma plataforma online, os gastos com marketing e divulgação online (comissão para afiliados, anúncios pagos, redes sociais etc.), alem de custos variáveis que oscilam conforme sua necessidade como o pagamento a freelancers, videomakers, designers, redatores, etc, que entram na equação do valor a ser cobrado para não só cobrir estas despesas como para te dar uma margem de lucro.

A partir da classificação e revisão desses custos, você consegue terá uma noção de qual será o mínimo que você precisa precificar, passando a ter muito mais controle e decisões mais assertivas em relação ao preço final.

Mas nessa etapa nos deparamos com uma bifurcação no caminho. Cobrar um ticker alto ou um ticket baixo para se ter acesso ao meu conhecimento baseada nessas últimos conceitos?

Ticket alto: O caminho do valor mais elevado se dá pela inovação que você irá trazer não só dentro do seu nicho como o do mercado de uma maneira geral. Você irá trazer um conhecimento, um infoproduto, uma experiência nova que ninguém vai ter acesso em nenhum outro lugar. Algo que ainda não foi explorado, raramente é disponibilizado e possui baixa concorrência. Aqui você vai despertar a curiosidade da persona que está sempre sedento por novidades e procura algo único.

Ticket baixo: Ao escolher esse caminho, você terá grande parte da sua comunidade e possíveis novos interessados com a atenção voltada diretamente a um conteúdo mais acessível. Mas não pense que você irá vender mais pelo simples fato de o valor ser mais baixo. Lembre-se que você poderá colocar o seu conteúdo em risco e provavelmente não será capaz de arcar com os custo que pontuamos anteriormente no final de sua produção. A qualidade do conteúdo entregue precisa ser adequado ao valor ofertado, de acordo com a necessidade da sua comunidade. Use o valor mais acessível para explorar novos nichos, atrair novos membros e/ou aumentar o valor médio de outros infoprodutos que você possui.

Quando perceberem a qualidade ofertada, você conseguirá uma fidelização mais imediata.

Lançando Sua Comunidade

Agora que você já sabe o produto, ou os benefícios que você vai oferecer para sua comunidade, vamos caminhar para a parte onde tudo o que você está planejando encontra seu destino: é hora de lançar e promover sua comunidade.

Tão importante quanto o conteúdo que seus seguidores vão encontrar em sua comunidade, as estratégias que você escolher usar em seu lançamento vão ter um grande impacto no seu sucesso.

O lançamento é importante porque, além de criar a primeira impressão sobre a sua comunidade, também é a oportunidade de começar a criar uma experiência diferente para seus futuros membros, especialmente se você está pensando em criar e nutrir um engajamento e relacionamento a longo prazo com sua audiência.

No caso de uma comunidade, o seu conteúdo, o produto, ocupa um papel central no sucesso dessa promoção. Por isso, é importante que, em todo momento da sua promoção, você comunique claramente sobre os benefícios e as transformações que sua comunidade irá gerar: o valor que você entregará deve estar claro, e se preciso, você pode repetir essas informações várias vezes.

Dois Tipos de Estratégias

Você pode optar por duas formas diferentes de lançar sua comunidade.

  1. Criar um projeto de lançamento relâmpago, criando conteúdos para aquecer sua audiência e gerar um senso de oportunidade imediata do que você oferecerá. Essa oferta funciona melhor para conteúdos fixos dentro de sua comunidade ou;
  2. Iniciar um plano de divulgação constante, tendo em mente que você repetirá essa divulgação dentro de uma constância semanal, mensal, etc, o que funcionar melhor para você. Essa é uma estratégia mais orgânica e tranquila, e encaixa melhor para promover comunidades que vão ser constantemente reabastecidas – com conteúdos recorrentes ou engajamento da comunidade entre si;

 

Passos Iniciais

Em ambos os casos, aconselhamos que você comece com alguns passos:

Comece recordando do que você sabe sobre seu público e a oportunidade de transformação que você está criando. Quais são as dores e demandas que existem e como seu conteúdo pode agregar valor a elas? Entenda também o que outros creators do seu nicho estão fazendo, isso sempre colabora para não só entender mais sobre o público, mas também entender qual será a sua forma autêntica de falar sobre. Este é o momento de você pensar na sua persona, a personificação do seu seguidor mais fiel e engajado: Como você pode preparar sua divulgação falando diretamente para ele?

O que esse membro ama em você, em seu conteúdo? O que ele sonha? Quais objeções ele tem, especialmente para investir em seu conteúdo? E como você irá se preparar para revertê-las?

 
Primeiros Membros

Quando seu público ouvir sobre seu projeto, eles vão buscar autoridade em você e segurança no processo para apoiar e fazer parte de sua comunidade. Ao clicarem para saber mais sobre a sua comunidade, o que eles encontrarão lá?

Para construir autoridade, você pode compartilhar pequenos teasers do que você terá na sua comunidade em suas redes sociais: conteúdo exclusivo, interação e vínculos entre membros, a oportunidade de estar ainda mais próximo a você, em um ambiente mais seguro e controlado… Dê um gostinho da experiência que você está criando e fale sobre, deixando essa oportunidade o mais clara possível.

Para construir segurança, recomendamos que você comece essa divulgação entre amigos e pessoas próximas, para que, ao fazer seu lançamento, novos membros encontrem um número existente de assinantes que reforçarão a solidez do seu produto. Esse tipo de sentimento se constrói nesse tipo de detalhe.

 

Lançamento Relâmpago

Se você quer realizar um lançamento relâmpago, saiba que o seu trabalho principal será no pré-lançamento. A base dessa estratégia é a produção de conteúdo, com o objetivo de aquecer sua audiência, e nutrir o sentimento de oportunidade da sua comunidade. Isso deve ser feito dentro de uma recorrência.

Retome o que você identificou como os desejos e objeções do seu público e crie conteúdos em formatos diferentes para ir contornando essas objeções.

Defina por quanto tempo você vai promover sua comunidade e delimite-o: 7 dias? Qual conteúdo você compartilhará em cada um desses dias? Este conteúdo será compartilhado em suas redes sociais e podem ter formatos diferentes: stories, lives, reels, vídeos mais longos, etc.

O espaço curto de tempo funciona para criar esse sentimento de oportunidade, de oferta.

Uma estratégia que acreditamos é na criação de rituais já no momento de divulgação da sua comunidade, para convidar as pessoas a atividade e vinculá-las ao seu projeto através da própria ação delas: Caso você faça lives, por exemplo, faça-as todos os dias no mesmo horário e, antes delas, promova alguma atividade que só o seu círculo da comunidade faz, e compartilhe em suas redes, pode ser o momento do café, o momento da anotação, – não importa, o importante é que seja algo que sua comunidade pode por em prática dentro de suas realidades, e as façam se movimentarem individual e em conjunto.

Junto com esses conteúdos, você pode também criar benefícios e descontos para estimular que as pessoas se juntem a você em sua comunidade e acelerem essa decisão.

 

Divulgação Constante

Se você está pensando na sua comunidade como um espaço para conteúdo exclusivo recorrente ou um espaço de engajamento entre membros, optar por lança-la num dia específico e alimentar a divulgação com constância e cadência, conforme você tiver novos conteúdos ou novas experiências para engajamento pode ser uma boa estratégia.

Você pode fazer isso de várias formas: Com conteúdos de teaser para dar um gostinho na galera do que é sua comunidade, adicionando uma CTA simples no final “Se você gostou, você pode ter acesso exclusivo a minha comunidade, onde crio conteúdo especialmente para meus membros.” Ou, você pode criar um storytelling para a sua comunidade, explicando motivos pelos quais fazer parte da sua comunidade é importante: “Eu gosto de ter liberdade para criar o conteúdo mais criativo e transformador para vocês, por isso, é importante que eu tenha um espaço seguro e com apoio, para que eu consiga fazer isso possível.” E, novamente, a tão importante CTA: “A partir de XR$ por mês, você pode ter acesso exclusivo a meus conteúdos, viver desafios entre os membros da comunidade, etc.”

Seja qual for a estratégia que você escolher, lembre-se da importância do storytelling. As pessoas investem em pessoas, em ideias, em propósitos. Elas investem naquilo que conseguem sentir empatia por, que conseguem entender e sentir a história por trás.

Por que você cria conteúdo?

Por que você criou sua comunidade?

Por que você quer que as pessoas estejam mais próximos de você?

Por que você quer que sua comunidade cresça?

Qual transformação você está ajudando em criar?

O que o seu conteúdo transforma, entretém, constrói com as pessoas que te acompanham?

Anote essas perguntas, pense e registre suas respostas. Ao pensar e criar sua estratégia de promoção, essas respostas tem que estar presentes sempre, pois elas são a essência da conexão humana que verdadeiras comunidades possibilitam.

 

Mantendo Seu Público Engajado

Ser o líder de sua comunidade significa aprender a nutri-la, mantê-la viva e atrativa para seus membros. Isso é um desafio pois você está diante de pessoas e é sua responsabilidade manter o ambiente respeitoso, saudável e aberto para diálogos.

Algumas ferramentas e técnicas importantes para engajar sua audiência podem incluir criar conteúdos mais espontâneos, explorar ainda mais ferramentas como stories, abrindo para perguntas e respondendo comentários, fazer enquetes, etc.

Embora algumas dessas técnicas também se apliquem às comunidades, a forma de cuidar e engajar sua comunidade, para que ela cresça em quantidade e qualidade de engajamento, requer ainda mais trabalho e técnicas específicas.

Para aprofundarmos em estratégias para engajar sua comunidade, vamos recordar um pouco o que pudemos entender sobre a heterogenia da sua audiência, lembrando do gráfico de categorização dos seus seguidores.

Tendo entendido essas diferenças entre os membros de sua comunidade, suas estratégias poderão ser mais assertivas e direcionadas para o foco de melhoria no engajamento.

Se formos colocar essa segmentação em um gráfico de análise, ela se parecerá muito com um funil:

Os novos membros estão na parte do topo, local onde está a descoberta e o aprendizado de uma nova comunidade;

Os membros passivos logo abaixo, onde reconhecem o valor do conteúdo;

Os membros ativos na sequência, tomando algumas decisões de participação mais presentes;

Os membros influentes no fundo do funil e em menor número – isso não é um problema, já que eles valem por mais ação e comprometimento com a comunidade.

 

Criação de Regras Básicas

Uma das coisas mais importantes sobre uma comunidade é que ela seja um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis, seguras, inclusas a todo momento. Toda comunidade é diversa. E é comum encontramos membros que muitas vezes têm pontos de vistas diferentes e atitudes inesperadas e inadequadas, isso enriquece ainda mais o potencial de troca na comunidade, deixando ainda mais clara a importância de ter algumas regras para a harmonia e crescimento da mesma.

Aqui, sugerimos algumas ideias de regras básicas, que você pode adaptar, desenvolver para a sua realidade.

 

Regras básicas ou Regras de uso- Ground rules
  • Apresente uma introdução breve sobre você (bio) e qual é o propósito da sua comunidade.
  • Aborde temas que os membros possam explorar e evite futuras distorções.
  • Estabeleça políticas que proíbam discurso de ódio ou discriminação.
  • Defina políticas de idioma para fornecer uma estrutura para a discussão.
  • Deixe claro as diretrizes que serão tomados em caso de postagens que violam as diretrizes da comunidade (se serão excluídas ou não).
  • Enfatize as penalidades que serão impostas e quantas violações serão permitidas antes de suspender ou banir alguém em caso de um dos membros violar as regras da comunidade.

Após estabelecer as regras de uso, fique atento para intervir em casos de:

  • Spam/notícias falsas
  • Tópicos não relacionados
  • Assédio, abusos, ameaças ou intimidações a outros membros
  • Linguagem explícita
  • Línguas estrangeiras
  • Autopromoção
  • Apropriação de conteúdo

 

Um dos pilares fundamentais de qualquer comunidade é a segurança que deve permear esse ambiente. O respeito, independente da situação, permite a convivência entre diferentes pessoas, garantindo que o espaço de cada membro não seja invadido e garante também a sua liberdade para se expressar nesse ambiente seguro. Lembre-se que os membros da sua comunidade irão se espelhar em seu exemplo, inclusive de interação. Isso gera reciprocidade, conecta as pessoas e estimula o comportamento respeitoso e saudável entre os membros da comunidade.

A comunicação com os membros da comunidade deve ser assertiva. A comunicação será eficaz para aproximar os membros se for bilateral, ou seja, não sendo de mão única. Os membros precisam se expressar, tendo a garantia que serão ouvidos.

Assim como alguns aspectos que aconselhamos você a buscar colocar em prática em sua comunidade, também listamos aqui algumas práticas que aconselhamos você estar atento e não fazer.

 
Principais coisas a fazer…. e NÃO fazer!
FAÇA:
  • Seja autêntico. Sem pressões e padrões sociais, sem tendências, sem filtros falsos. O que faz você… você?
  • Concentre-se em conexões mais profundas. Como é a sua relação com os membros? Você está sendo honesto, agregando valor real, compartilhando sua verdadeira paixão?
  • Seja verbal, não responsivo – mesmo membros ativos e influentes merecem respostas mais estruturadas; além disso, novos membros e membros passivos podem precisar de mais atenção e informações mais claras;
  • Forneça valor real. As pessoas já estão fartas de criadores prometendo o impossível com seu conteúdo pago e não entregando. Não basta ter um bom pitch, é preciso entregar, com conhecimento e experiência.
  • Deixe a comunidade sempre ciente de todos os veículos oficiais de comunicação;
  • Regras da comunidade precisam ser claras;

 

NÃO FAÇA:
  • Não trate os membros de maneira diferente ou privilegiada. O mais saudável é focar em ter o mesmo padrão para todas as ocasiões com os diferentes membros;
  • Não exagere na argumentação ou em declarações longas. Evite que isso se volte contra você e se escale de maneira desproporcional.
  • Não exagere e não desvirtue o tópico que está em discussão para que os membros não se percam ou se sintam desestimulados em contribuir.

Por último, mas não menos importante: a curadoria dos membros de sua comunidade é tão importante quanto atrair e converter novos membros. Isso mesmo. É assim que se garante que eles estarão alinhados ao propósito da comunidade de maneira engajada.

Claro, apenas após algum tempo será possível identificar a identidade de sua comunidade.

Observe e fale diretamente com os membros da comunidade para tentar descobrir uma transformação pela qual estão tentando passar por conta própria, alguma meta que estão tentando alcançar que se alinha a sua proposta. Procure temas ou tópicos semelhantes entre seus membros em potencial e se faça presente buscando soluções para os pontos problemáticos entre eles. Isso irá te ajudar a estruturar e evoluir dentro dessa transformação que você e seus membros trilharão juntos.

Como você pode ver, ter estratégias para cultivar o engajamento de seus membros podem levar sua comunidade para outro nível.

Abordamos algumas maneiras diferentes para criadores como você planejarem estratégias eficazes de engajamento da comunidade. MAS, nenhuma delas será efetiva se você não testar e aprender com os membros de sua comunidade.

As diversas plataformas de comunidade irão fornecer ferramentas para que você continue aumentando a interação e melhorando o seu conteúdo, resultando em experiências únicas que os seus membros não poderão encontrar em nenhum outro lugar.